sexta-feira, 23 de agosto de 2013

As coisas que meu pequeno anda aprendendo!

Nós: A, E, I, O...
Ele: U!
(fazendo o biquinho mais lindo do mundo).

Nós: 1, 2, 3...
Ele: tato, cinc, sês. (sussurando, porque se errar, não fica feio, sabe?)

Outras coisinhas:
Sempre que os cachorros da casa do papai chegam perto dele, nós os mandamos sair.
Agora, a cachorra vem chegando perto dele, e ele mesmo:
"sssai!"
(e não é que ele não goste, ele adora os bichos, nós é que temos medo porque eles não são muito dóceis).
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Às vezes some, a casa fica silenciosa, e toda mãe sabe que isso é sinal de que tem alguém aprontando. Essa semana já aconteceu 4 vezes de eu chegar no quarto da minha sogra e ele estar prestes a mexer nas tomadas. Mas quando me vê na porta, me dá tchau com a mãozinha! Se duvidar até manda beijo! (no maior estilo "Pode sair, mãe. Aliás, o que você veio fazer aqui, hein?")
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De tanto nós brigarmos com ele por ele insistir em subir as escadas, se ele ver alguém subindo, começa a brigar com a pessoa, muito revoltado: aah táá tik tik tá tá pói!
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Não sabe ver o telefone pela casa, que pega pra colocar na base.
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Sai juntando tudo que tá espalhado pela casa e joga dentro do cercadinho. Tudo que nós não sabemos onde está, já vamos procurar direto no cercado...
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Semana passada o zelador do meu prédio me entregou uma sacola cheia de coisas, que o VH jogou lá embaixo! Em sua maioria, prendedores de roupa!
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Estou ensinando a ele os nomes de algumas partes do nosso corpo.
Por enquanto ele sabe o que é a língua e o ticão (o pinto dele!), e essa semana comecei a mostrar o que são os olhos (de vez em quando ele já acerta, mas taca o dedo no meu olho, de uma vez. "TÁ AQUI O OLHO MÃE, TÁ VENDO NÃO??")
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E é isso... como vocês podem ver, estamos entrando numa fase deliciosa, de aprender a falar! Tá sendo muito divertido ver ele agora respondendo até a Dora!
Dora: Diga mapa!
Victor Hugo: tatatapa!
kkkkkk
Um delício! E é bem legal ver ele entendendo coisas do nosso dia a dia. "Vamos tomar banho?"
E ele prontamente se dirige ao banheiro. Também, ama um banho!
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Pra terminar: ele agora começou a inventar umas artes! Sobe em cima da mesa de centro da sala, e fica na beiradinha, eu morrendo de medo, e ele achando graça, acho até que da minha cara.
Essa semana ele usou a lixeira do banheiro de banquinho pra subir na tampa do vaso e ficar brincando com o botão da descarga. Meu coração vai na mão com essas artes!
E os filhotes de vocês, andam aprontando muito?

Te amo, lindo da mãe!


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Contando como foi (e é) a amamentação para nós

Oi, pessoas! Bom, em homenagem a Semana Mundial do Aleitamento Materno, está rolando aqui pela blogosfera relatos de amamentação. Vim aqui hoje contar como foi e como é para nós!
Eu sempre quis amamentar, sempre soube da importância do aleitamento materno, da amamentação exclusiva até os 6 meses, e coisa e tal. Mas parava por aí. Muita coisa eu só fui entender e descobrir depois que comecei a amamentar. Na minha família não há mulheres que tenham amamentado bastante, e o máximo que eu vi foi a minha irmã mais velha, que amamentou até 1 ano. Então eu, grávida, pensava que comigo também seria assim, que até 1 ano já estava de bom tamanho, e que eu amamentaria no máááximo até 1 ano e meio.
Aí que o Victor Hugo nasceu.
No mesmo dia do nascimento dele, no hospital, as enfermeiras ficaram impressionadas com a quantidade de colostro que eu tinha. Não posso dizer que tive problemas com a descida do leite, pois no dia seguinte o leite já tinha descido, branquinho. Ele sabia mamar, abria a boca direitinho e sugava com vontade. Eu é que não sabia amamentar, e fui muito mal orientada pelas enfermeiras do hospital. Elas não me ensinavam como colocar ele, a posição correta no meu colo, o jeito de colocar o peito na boca dele. Simplesmente iam lá e colocavam ele no meu peito, e dava certo. Mas o problema é que eu fiquei dependente delas, e não sabia colocar ele no peito por conta própria. Daí que uma bela hora eu cansei de chamar pra elas me ajudarem, pois percebi que começaram a se irritar. Aí fui colocando de qualquer jeito, do jeito que eu achava que era, meio na doida... e ele mamava! Passei apenas 24hs no hospital após o nascimento dele, e quando eu saí de lá, já estava começando a sentir uma ardência no peito quando ele sugava. Quando ganhei alta perguntei a enfermeira se ela me aconselhava algum produto pra colocar no peito, e aliviar esses incômodos, e ele me recomendou a pomada à base de lanolina Milar. Assim que cheguei em casa já providenciei a tal pomada, que com uma semana de uso eu já tinha concluído que não servia pra nada. A pomada que mais me ajudou a cicatrizar o peito foi Bepantol Baby.
Pra resumir um pouco, devo dizer que o primeiro mês de amamentação foi bem complicado. Tive fissura, sangramento, pus no bico do peito, muita, mas muita dor, e muito, mas muito choro mesmo. Pra completar, como um dos seios estava mais ferido, eu ficava evitando dar de mamar nele, e ele foi enchendo, enchendo de leite, meu peito ficando duro que nem uma pedra, vermelhão, e eu com uma febre de 40°. Ganhei uma bela de uma mastite, e 10 dias de antibiótico. Olha, eu não gosto nem de lembrar! Cheguei a achar que eu não ia aguentar, que eu ia desistir, e essas coisas. Minha mãe se desesperava mais que eu, ao me ver sofrendo, e tudo que sabia dizer era pra eu dar uma mamadeira de LA pra ele. Devo ter dado umas 3 no primeiro mês, mas não gostava da cena. Eu queria amamentar!
Então, no meio dessa confusão toda, eu rezando pra ele não acordar pra mamar (e me sentindo uma mãe de merda por isso), tive a ideia de ir no banco do leite do hospital do meu plano. Fui com a minha sogra, e o Victor Hugo, claro. E a partir desse dia, tudo mudou.
Nesse período, eu estava fazendo uso do bico de silicone para amamentar, pois minhas duas irmãs só conseguiram amamentar com esse bico. O bico amenizava a dor, mas muito pouco.
Quando cheguei ao banco de leite, conheci a Beth, enfermeira responsável por esse setor de lá. Posso chamá-la de anjo, pois ela mudou minha vida. Eu descobri que estava fazendo tudo errado. E que existem detalhes que fazem a diferença. O principal deles é o jeito como você põe o bebê no seu colo pra ele mamar; quando ela me explicou o jeito correto, eu achei estranho, meio sem posição, sei lá! Daí eu disse que estava usando o bico de silicone e ela me disse que não era pra usar e que ia colocar ele no meu peito sem o bico. Eu morri de medo que doesse horrores. Mas como pela primeira vez ele estava na posição correta, assim como mágica, não doeu nada. E olha que o meu peito tava todo f*****.
Saí de lá bem mais leve, e com as dicas dela, tudo foi melhorando aos poucos.
Devo dizer que no começo não é fácil, que não é moleza amamentar exclusivo até os 6 meses, porque você tem que querer MUITO. Você fica totalmente ligada a criança e ela totalmente dependente de você. E eu, que escolhi amamentar em livre demanda (como é o correto, e hoje os pediatras bons orientam assim), me tornei escrava do rapazinho. Lembro que o segundo mês dele foi fogo. Eu não sentia mais dor, então beleza. Mas ele ficava coisa de 40 minutos mamando, e quando finalmente dormia, passava 15 minutos dormindo e acordava, querendo o que?? PEITO. Gente, nesse período, eu passava 10 dias sem lavar o cabelo, não comia direito, não dormia direito, emagreci 13kg em um mês, e tinha dias que eu nem saía do quarto com ele. Foi bem difícil, mas eu faria tudo de novo, e não vou me arrepender nunca. Depois com 3 meses ele deixou de mamar assim, o dia todo. Fui voltando a ter vida, ele ficava mais acordadinho, essas coisas. Continuei usando o bico de silicone até uns 4 meses, por insegurança mesmo. Mas depois fui tirando aos poucos, pois era muito chato ficar escaldando e limpando ele (tipo, tira toda a praticidade que existe em amamentar). O VH estranhou mamar sem bico no começo, mas com o tempo ele foi se acostumando. Também aprendi com a Beth a como pegar o meu peito pela glândula do bico, e com dois dedos ajeitar um bico improvisado pra ele mamar. Isso porque o meu tipo de bico precisa disso, pois ele é plano.
Amamentei exclusivo até 5 meses e 15 dias. Não fui até os 6 meses porque a pediatra na época disse que era legal a gente ir dando algumas frutas só pra ele chupar, cheirar, lamber, e ir se acostumando. Mas é coisa de ansiedade de mãe de primeira viagem, pois se um dia eu tiver outro, vou me manter firme até os 6 meses completinhos.
Ele começou a comer outras coisas, super bem, como faz até hoje. Tá um fofo!
E aí ele fez 1 aninho, e nada da vontade de desmamar aparecer, nem minha e muito menos dele. Comecei a me informar sobre a amamentação prolongada, e hoje sei que é isso que eu quero.
Ele está quase completando 1 ano e 4 meses, e quando as pessoas o veem mamando, me perguntam, espantadas: "Ele ainda mama?? Você vai dar até quando??"
Eu sempre respondo: "ah, 2 anos e meio, no máximo...". E o povo já arregala os olhos!
Mas o que eu queria mesmo responder era: "Eu não esquento com isso. Tudo vai acontecer no seu tempo." Não quero tirar uma coisa que ele tanto ama assim, do nada. E sem ter porque.
Eu sei que uma hora o nosso limite vai chegar, e aí o desmame vai acontecer, naturalmente. Mas não vou parar de amamentar porque o povo diz que é feio criança grande mamando! E o pior é que o "grande" deles, é com 2 anos. A feiúra está é na mente das pessoas.
É claro que não acho legal um criança de 5 anos ainda mamando, mas acho perfeitamente aceitável uma de 3 anos.
Não quero falar em desmame. Penso que ano que vem ele vai entrar na escolinha, já vai automaticamente passar menos tempo comigo, e as mamadas vão diminuir gradativamente.
O pior é quando falam: "Mas o teu leite nessa idade não é mais nada pra ele, é só uma aguinha."
Vamos nos informar, minha gente. O leite materno, após o primeiro ano, é fonte rica de vitamina A, proteínas, gordura, e principalmente os queridos anti corpos. Ficou na dúvida? Pegue qualquer lata de leite ou caixa, e veja que lá embaixo tem escrito:  O Ministério da Saúde recomenda que a amamentação seja mantida até 2 anos de idade ou mais.
Então é isso, vamos que vamos! Mamando bem muito, amando bem muito e sendo feliz de montão.

Com 4 dias, logo após mamar


Com quase 3 meses

Com 10 meses

Com 1 ano e 3 meses

Antes de me despedir, quero deixar claro que não estou desmerecendo quem não pôde amamentar, por qualquer motivo. Amor de mãe e filho se constrói a cada dia, e não é só pelo peito não. É no cuidado, no carinho, na atenção diária. Não quero ofender ninguém e muito menos diminuir. Deixo aqui apenas o relato de como foi COMIGO.
E com vocês, como foi?